Esta exposição consiste numa memória fortemente visual das fainas agromarítimas da Ria de Aveiro.
Composta por uma vasta coleção de natureza etnográfica, a Sala da Ria evidencia-se pela comunicação que estabelece entre a sua arquitetura luminosa e a presença de onze embarcações típicas, em tamanho real, algumas delas oferecidas pela Associação dos Amigos do Museu de Ílhavo. O moliceiro e o mercantel (ou saleiro) são os barcos de maior porte.
Expõem-se também embarcações de menor dimensão que davam vida aos canais e esteiros da Ria, das quais se destacam: a bateira erveira de Canelas, a caçadeira de pesca e a caçadeira de recreio, a chincha, a matola, a patacha e um belo veleiro desportivo da classe “vouga”, típico da Ria de Aveiro.Nos seus tipos e cores singulares, as embarcações exibidas dão testemunho de atividades económicas em boa parte desaparecidas: a apanha do moliço, a extração e o transporte de sal, as pescas artesanais típicas da laguna com várias artes adaptadas às espécies mais abundantes. Além da profícua construção naval, igualmente aqui representada, as fainas da Ria criaram também diversas expressões de arte popular, de que são exemplo os painéis de proa de moliceiro, pintados a óleo sobre pano-cru.