A exposição recupera a memória do trabalho nos estaleiros navais. Em tempos, os Estaleiros de Viana, fundados em 1944, foram um dos maiores da Europa, chegando a empregar mais de duas mil pessoas e a construir mais de duzentos navios. Em 1991, ao serviço do jornal “O Independente”, Egídio Santos desloca-se pela primeira vez aos Estaleiros com o propósito de fazer uma reportagem fotográfica para o jornal. Impressionado com o espaço dos estaleiros, o trabalho de soldadura, os grandes navios, as gruas e todo o movimento do trabalho diário, regressa a Viana duas vezes nesse ano. Quando começam a surgir as primeiras notícias sobre o encerramento dos estaleiros, o fotógrafo regressa a Viana. No entanto, desta vez, as suas imagens mostram o desânimo e tristeza de toda uma comunidade perante a decisão de encerramento dos estaleiros.