Num momento que se prevê mágico, a Orquestra Filarmonia das Beiras transpõe para a música o imaginário da "História Trágico Marítima", presente igualmente na exposição temporária inaugurada no dia anterior. Com repertório assente na obra inédita de Fernando Lopes Graça, a orquestra dirigida por António Vassalo Lourenço, vem acompanhada do baixo-barítono Miguel Maduro Dias e do coro Voz Nua, um grupo heterogéneo de cantores de diferentes nacionalidades residentes na região de Aveiro.
6 agosto, domingo
21:30
entrada livre
Programa:
Fernando Lopes-Graça (1906-1994) - Cantata História Trágico-Marítima
I. Sagres
II. A Largada
III. A Espera
IV. O Regresso
V. O Achado
VI. Tormenta
VII. Mar
Orquestra Filarmonia das Beiras
A Orquestra Filarmonia das Beiras (OFB) deu o seu primeiro concerto no dia 15 de Dezembro de 1997, sob a direção de Fernando Eldoro, seu primeiro diretor artístico. Criada no âmbito de um programa governamental para a constituição de uma rede de orquestras regionais, tem como fundadores diversas instituições e municípios da região das beiras, associados da Associação Musical das Beiras, que tutela a orquestra.
A OFB é composta por 23 músicos de cordas de diversas nacionalidades e com uma média etária jovem e, desde 1999, é dirigida artisticamente pelo Maestro António Vassalo Lourenço. Norteada por princípios de promoção e desenvolvimento da cultura musical, através de ações de captação, formação e fidelização de públicos e de apoio na formação profissionalizante de jovens músicos, democratizando e descentralizando a oferta cultural, a OFB tem dado inúmeros concertos, além de desenvolver frequentes e constantes atividades pedagógicas.
Também sob estes princípios, apresenta, desde 2006, produções de ópera diversas (infantil, de repertório ou portuguesa). Do seu vasto histórico de concertos constam participações nos principais Festivais de Música do país e do estrangeiro ou importantes cooperações e co-produções com outros organismos artísticos.
Em 2017, a OFB foi convidada a apresentar a banda sonora do cine-concerto “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, uma estreia em Portugal.
Do repertório da OFB constam obras que vão desde o Século XVII ao Século XXI, tendo a Direção Artística dado particular importância à interpretação de música portuguesa, quer ao nível da recuperação do património musical, quer à execução de obras dos principais compositores do século XX e XXI.
O Voz Nua é um coro de câmara que, sob a direção da sua fundadora, Aoife Hiney, reúne um grupo heterogéneo de cantores de diferentes nacionalidades, residentes na região de Aveiro. O nome, uma combinação da língua portuguesa e da língua gaélica, representa a diversidade cultural do grupo. Em gaélico, a palavra "nua" significa novo, fresco e puro. Em português a mesma palavra significa despida. A criação do nome deste projeto considerou a polissemia da palavra como metáfora do repertório e dos objetivos do coro. Desta forma, Voz Nua remete para "voz pura" ou "voz sem instrumentos". Desde os seus primeiros ensaios, em fevereiro de 2012, o Voz Nua tem realizado um variado leque de atividades, com concertos, estreias mundiais de algumas peças, gravações, vídeos, colaborações com artistas da região, parcerias com a Universidade de Aveiro, a Câmara Municipal de Aveiro e o TedX Aveiro, e a participação em dois concursos internacionais.
Ação integrada nas comemorações do 80.º Aniversário do Museu Marítimo de Ílhavo