Filme de Amaya Sumpsi Langreo, vencedora do Prémio Octávio Lixa Filgueiras 2014. Numa noite de Carnaval de 2005, uma vaga de ondas, que alguns pensam ter a sua origem no famoso tsunami da Indonésia, atinge diversos portos da ilha de São Miguel, nos Açores. Na pequena aldeia de Porto Formoso, dois barcos ficam desfeitos: o “boca aberta” do mestre Américo, e o “boca aberta” do mestre Eiró. Com apoios institucionais, os mestres constroem dois barcos novos de maior tamanho, mas o pequeno porto de areia não tem condições para eles. Os pescadores reclamam uma doca em cimento que lhes permita trabalhar com as novas embarcações, mas muitos habitantes opõem-se, pois consideram que a beleza natural do porto e as ruínas do castelo que ali se encontram são o verdadeiro reclamo turístico da aldeia, e a futura fonte de riqueza. É o turismo compatível com outras actividades económicas, como a pesca, ou acaba por transforma-las em simples espectáculos? Pode a comunidade influenciar nas decisões sobre o seu futuro? Ao longo de 7 anos, a paisagem desta comunidade transforma-se, e com ela, a sua identidade.
18h30