O ArchDaily, o site de arquitetura mais visitado do mundo, incluiu o Museu Marítimo de Ílhavo na lista dos 20 museus mais espetaculares do século XXI, de todo o mundo. A nomeação surgiu a propósito da comemoração do Dia Internacional dos Museus. O Museu Marítimo de Ílhavo, projetado em 2001 pelo gabinete ARX Portugal foi escolhido para integrar esta “lista de espetaculares museus do site de arquitetura, com particular destaque pra o mais recente edifício do Museu, que alberga um aquário de bacalhaus, numa cidade onde gerações de famílias se dedicaram à pesca deste peixe nos mares do Norte”. Para a extensão deste museu, criado em 1937, os arquitectos optaram por colocar o peixe e o mar no seu “coração”. “A visita desenrola-se numa espiral em rampa, numa viagem que se inicia em suspensão sobre o tanque, para passar a um modo de mergulho de descoberta progressiva, numa experiência de imersão no ‘habitat’ do bacalhau”, lê-se na apresentação do projecto, destaca a conceituada publicação de arquitetura.
O Museu Marítimo de Ílhavo, criado em 1937, começou por assumir uma vocação etnográfica e regional, como lugar de memórias dos ilhavenses. Em 2001, foi renovado e ampliado pela Câmara Municipal de Ílhavo com o projeto do Gabinete ARX Portugal, passando a integrar como pólo o Navio-Museu Santo André, atracado no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré.
Mais tarde, o MMI voltou a crescer e a qualificar-se. Em 2012, foi criada uma unidade de investigação e empreendedorismo, o CIEMar-Ílhavo; e em 2013, o museu passou a ter um Aquário de Bacalhaus.
O MMI foi distinguido com o prémio AICA/MC 2002 da Associação Internacional dos Críticos de Arte do Ministério da Cultura, nomeado para o prémio SECIL 2002 e para o prémio da União Europeia para a Arquitetura Contemporânea 2003/Mies Van Der Rohe.
A missão do MMI consiste em preservar a memória do trabalho no mar, promover a cultura e a identidade marítima dos portugueses. O MMI é testemunho da forte ligação dos ílhavos ao mar e à Ria de Aveiro. A pesca do bacalhau nos mares da Terra Nova e Gronelândia, as fainas da Ria e a diáspora dos Ílhavos ao longo do litoral português são as referências patrimoniais do Museu.
Da lista do ArchDaily fazem parte a Fundação Iberê Camargo, desenhada por Siza Vieira, o Biomuseo do Panamá (Gehry Partners), o Museu de Arte Contemporânea de Buenos Aires (Monoblock), o Museu da Cachaça em Minas Gerais (Jô Vasconcelos) e o Museu da Memória e Tolerância na Cidade do México (Arditti + RDT Architects), entre outros. Consulte a lista completa aqui.